Pés diabéticos

Na podologia, vamos ter contato com o Pé diabético, que se define como: um conjunto de alterações que ocorrem nos pés, devido à evolução da doença.
O diabetes altera nos pés: o sistema vascular, a resposta imunológica e os nervos do pé (neuropatia).
Essa complicação crônica se classifica o Pé diabético de acordo com a parte anatômica prejudicada:

  • Pé diabético neuropático: o sistema nervoso periférico (dedos) é alterado
  • Pé diabético infeccioso: o sistema imunológico é alterado, o tornando vulnerável às patologias.
  • Pé diabético isquêmico: o sistema circulatório é deficiente, provocando a isquemia, ainda não apresenta necrose.
  • Pé diabético misto: apresenta dois ou mais dos quadros acima

Reflexologia é uma técnica que utilizamos pontos de pressão, que correspondem aos órgãos específicos do nosso corpo e que, estimulados, promovem o equilíbrio físico e energético.
Juntamente com a reflexologia podemos aplicar a cromo e a aroma terapia. São técnicas complementares que enriquecem o procedimento, deixando o cliente com agradável sensação de harmonia e bem-estar.
A cromo e aromaterapia têm como função equilibrar, corpo mente e emoções do cliente que recebe esse tratamento. A reflexologia por si só, já é eficaz, imaginem com o auxílio das cores e aroma!

Pé diabético misto

O Pé diabético neuropático apresenta os seguintes sinais: formigamento, agulhadas, queimação, dormência e fraqueza nas pernas. À noite, piora. Verificamos: a perda de sensibilidade (hipoestesia), deformidades de apoio (atrofia muscular/ musculatura rígida) e a presença do mal perfurante plantar no Pé diabético, geralmente, no ante pé (pode também ser causado pelo mal de Hansen, sífilis, fumo, alcoolismo etc.).

O mal perfurante plantar no Pé diabético é uma úlcera crônica (LEDs) e profunda, desenvolvida com frequência nos pontos de apoio, abaixo de uma formação queratósica (calo), por falta de sensibilidade, portanto, é indolor.

O Pé diabético infeccioso é acometido por bactérias piogênicas, que se associam às infecções fúngicas (micose de pele e/ou unha). Algumas infecções também ocorrem, devido à manipulação de unhas encravadas, esporão plantar e calosidades. A neuropatia também torna essas patologias indolores.

No Pé diabético isquêmico, os principais sinais são: dor na panturrilha (batata da perna), na coxa essa nota melhora quando cessa o movimento. A falta de circulação arterial, venosa e linfática, leva aos poucos à necrose, que é a morte dos tecidos. A amputação é um último recurso, usado na tentativa de conter a gangrena, que é um mal irreversível.

No Pé diabético misto podem ser encontradas duas ou três, das alterações citadas acima: neurológicas, vasculares e infecciosas.

 

Pé diabético Isquêmicos e Mistos (Internet)

 

A atuação do Podólogo

A primeira atitude do podólogo, em relação ao Pé diabético do seu cliente é o preenchimento da ficha e anamnese, com ela temos seu passado clínico e assim, nos orientamos para um procedimento adequado no Pé diabético.

Existem alguns recursos que o profissional pode utilizar para fazer um exame minucioso da sensibilidade do cliente. Instrumentos como o monofilamento (Fig. 1) e o diapasão (Fig. 2) podem ser utilizados no Pé diabético.]

Esses instrumentos podem ser utilizados sem contraindicação no Pé diabético, pressionando ou tocando 10 pontos nos pés. 

Na falta de instrumentos específicos, um chumaço de algodão embebido em água morna ou fria é uma medida de grande valia. A pressão dos dedos no pé do cliente, ele com os olhos vendados, também é um recurso que pode ser utilizado.
Quanto à vascularização do Pé diabético, existem recursos simples e muito importantes.
São eles:

*Tomar o pulso da artéria pediosa.
*Verificar a temperatura local: pé frio/ isquemia e pé quente/ inflamação.
*Verificar a cor da pele, que traduz o estado de circulação dos capilares: cianose (arroxeado) indica acúmulo de sangue pouco oxigenado, Rubor (avermelhado), indica vasodilatação e Palidez (sem cor), indica estado de isquemia.
*O estado das unhas: a diminuição do aporte sanguíneo torna o crescimento das unhas lento e desigual e seu aspecto irregular.
*Se há úlceras localizadas nas extremidades dos dedos, podendo fazer o desbaste na região queratósica com conhecimento e responsabilidade.

Pé diabético Isquêmicos e Mistos (Internet)

 

Proteger com protetores e anteparos os pontos de pressão da região plantar, utilizar calçados apropriados (sem costuras e confortáveis), usar meias de algodão e sem costuras.

Inspecionar os pés de maneira correta ou pedir que alguém o faça (verificar a planta dos pés, os espaços interdigitais e as unhas).

Não andar descalço, hidratar os pés com creme específico de alta hidratação, não utilizar água quente em hipótese alguma, lavar e secar bem entre os dedos.

São medidas de grande valia, pois, a prevenção do Pé diabético é uma grande aliada, não só para os portadores de diabetes, mas para todos que querem ter pés saudáveis por muito tempo.

Eletroterapia

Chamamos de eletroterapia os tratamentos aplicados com aparelhos elétricos.

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Cel. Vivo – (11) 99590-0857